Oi Janice. Concordo plenamente com você: este Iron tem que ser lembrado e
festejado.Devemos e temos que alardear as nossas boas/ótimas aventuras e
sucessos à todos para que assim fique incorporado em nossas mentes.
Este foi o meu 4º Iron e quase não ía depois daquelas confusões na prova do ano
de 2006.Mas resolvi encarar o desafio e, desta vez, pilotando uma tandem com o
meu parceiro Henrique (DV), que estava se recuperando de uma e não
pedalava há mais de 20 dias.As dificuldades e incertezas foram muitas para que a
Delegação dos DVs pudesse competir no Iron (a Andréia pode relatar melhor), mas
não desistimos e superamos todos os obstáculos, claro, com a ajuda e
participação de muitas pessoas.Um dos fatos mais marcantes foi nossa hospedagem
na República Marangalha: tratamento VIP do início ao fim e com direito a convite
para nova hospedagem no ano que vem ou a qq hora que passarmos por lá.Logo na
sexta-feira, ao darmos uma voltinha de aquecimento pelas ladeira de OP, as
dificuladades já se apresentavam: problemas com câmbio e corrente, prá variar. O
Henrique também sentiu diante de uma daquelas ladeiras monstruosas e
intermináveis.Era o começo e apontava para uma estratégia no dia seguinte:
completar o percurso e dentro do limite máximo estipulado para não sermos
desclassificados.Porém, quando vem a largada, a adrenalina aumenta na corrente
sanguínea e faz agenter desembestar e tirar forças de onde não sei.E assim foi
no sábado, que era o dia mais longo e com grande desnível.Apesar do câmbio
travado, do calor elevado, das subidas intermináveis e da falta de treinos,
chegamos em um bom 4º lugar.
Era a hora de outra correria e começar a nos prepararmos para o segundo dia:
revisar a bike, trocar peças, conferir resultados e entrar com recurso (se fosse
o caso), alimentar-se bem (principalmente o Henrique) baixar a adrenalina,
relaxar e descansar.
A Delegação levantou cedo no segundo dia seguinte, e, na VANete Blue (outrora
VANpira) do Cristóvão, fomos prá Mariana.Dada a largada, era só socar a bota e
manter o 4º lugar ou até cair pro 5º quinto, que aí ainda daria um pódium certo,
certo.Dinovo muitos obstáculos a serem superados.Depois de pedalarmos um bom
percurso em 2º e estarmos a 12,5 km da chegada a corrente quebra!! Por mais de
quarenta minutos tentamos consertá-la:em vão.Ali assistíamos passar, um a um,
centenas de ciclistas.A pouco menos de cinquenta metros de nós outra tandem dos
DVs (Beto/Reginaldo) quebrara (era o quarto furo na câmara).Após estes longos 40
min, e sem corrente, resolvemos ir empurrando; montar nas descidas; patinar nas
retas, e, asim, poder chegar antes do fim da cronometragem.Começamos uma longa
caminhada e todos nos passavam.Certamente chegaríamos além do tempo: não tinha
mais medalha... e muito menos o tão sonhado pódium.Tudo por causa de uma
porcaria de corrente marca"IG"colocada na sexta-feira.Mas seguíamos empurando...nada
de descida.Nenhuma descida! Patinar era impraticável, já que o Henrique não
podia fazê-lo. A única certeza que tínhamos era que iríamos a pé e empurrando
até a chegada; jamais entraríamos num resgate.Muitos ofereciam ajuda, mas não
havia o que fazer.A Rívia nos incentivou um bom tempo....O sol de meio-dia
estava forte.As sapatilhas já estavam arrochando os dedos.A água estava no
fim.Mas... começamos a ver umas plaquinhas: "faltam 8 KM (to go). O ânimo
aflorava á medida que nos aproximavam, lentamente, das plaquinhas: "faltam 5 KM
(to go)". A Menos de 4 km fomos ultrapassados pelo último de nossa categoria. A
agonia do quase-pódium se repetia, agora em 2007. "faltam 3 KM (to go)". E assim
íamos empurrando."faltam 2 KM (to go)". Nada de descida.No último Km ví que
poderíamos chegar em tempo de pelo menos pegar uma medalha.Então comecei a
patinar com uma perna; cansava e patinava com a outra; parava; patinava com a
esquerda; agora com a direita .... finalmente avistamos a reta de chegada (um
pequeno declive) mais patinadas e cruzamos em tempo e em último lugar da
categoria. Ficamos felizes com a recepção, com a medalha, com a festa e alegria
contaginate dos Rebas; mas frustrados porquê uma corrente nos tirou o pódium.
Depois de sair o resultado resolvi checar nossa classificação final; fui atrás
do regulamento; conta prá lá; conta prá cá ,e, numa combinação astrológica tal
qual a de uma eclipse, empatamos com 37 pontos no 5º lugar! (opa! putz!pódium!??!)
e, melhor ainda, no dia anterior (critério de desempate) ficamos na frente
deles: PÓDIUM!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!!! era mais um PODIUM dos REBAS.
Até a próxima, Lincoln.